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Mônica Rodrigues da Costa

Comentários culturais para crianças e adultos lerem juntos

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Tag Archives: Shakespeare

A comédia “PPP@WllmShkspr.Br” mistura teatro e circo e tem chance de agradar aos adolescentes

Por Mônica Rodrigues da Costa
01/03/12 00:48

 

Os atores Raul Barretto, Hugo Possolo e Alexandre Bamba/Crédito: Luiz Doroneto

A formação intelectual dos filhos inclui o autor canônico William Shakespeare (1564-1616). Seus dramas, apesar de conter passagens cruéis, ensinam sobre a competitividade e outras consideradas fraquezas humanas, misturam o belo e o terrível e, sobretudo, ensinam literatura.

O crítico Harold Bloom destaca a construção do personagem pelo dramaturgo, autor de “Romeu e Julieta”. Bloom escreveu que Hamlet é a inteligência de todos nós.

Para adolescentes, a sugestão é que pais e filhos vejam juntos a comédia “PPP @ WllmShkspr.BR” (1998), peça adaptada pelo grupo Parlapatões, que tem a ambição de ser o resumo de todas as peças que Shakespeare escreveu.

“PPP @ WllmShkspr.BR” tem palavrão e piada suja e pesada, que não é a do elefante que caiu na lama. Mas é uma forma divertida de apresentar bom teatro, que leva a uma das melhores obras escritas em versos.

Novamente em cartaz em 2012, “PPP @ WllmShkspr.BR” aborda enredos monstruosos, como o de “Tito Andrônico”, com cenas de canibalismo, e o de “Otelo”, sobre o general que mata por ciúme.

“Otelo” descreve a inteligência ardilosa do personagem Iago, que trai o comandante e o induz a assassinar a mulher, Desdêmona. A tragédia ocorreu porque faltou a Otelo a percepção de que era enganado por Iago, seu subordinado próximo.

O tratamento cômico das obras de Shakespeare pelos números de palhaços em “PPP @ WllmShkspr.BR” dessacraliza a obra e a devolve ao contexto popular. O público morre de rir com os trocadilhos espertos e com a participação da plateia no espetáculo.

Os atores Raul Barretto, Hugo Possolo e Alexandre Bamba estão afiados e atrapalham tudo: erram fatos históricos, transformam versos de Shakespeare em slogans publicitários.

No momento em que os três palhaços interpretam “Tito Andrônico”, um deles fala: “Shakespeare fazendo das tripas diversão”.

O narrador da cena de “Hamlet” diz: “Cai a noite”. Todo mundo ouve o barulho da queda às gargalhadas. Essa estrutura tradutória permeia todo o espetáculo.

Na cena com “Otelo”, um dos atores comenta que o Brasil é um celeiro de atores negros, e o elenco apresenta um rap. A paródia desse gênero de música e dança é hilária.

Trata-se da remontagem de “A Obra Completa de William Shakespeare em Versão Abreviada” (“The Complet Works of William Shakespeare – Abridged”), criação dos americanos Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer. A tradução do texto é da especialista no autor Barbara Heliodora e a direção, de Emílio Di Biasi.

Link dos Parlapatões:  http://parlapatoes.com.br/

Link para ver quando o espetáculo está em cartaz: http://espacoparlapatoes.com.br/

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Rei Lear é o bobo do rei – Shakespeare para crianças no teatro

Por Mônica Rodrigues da Costa
29/02/12 09:00

Anderson Spada (Regane) e Val Pires (Goneril) como as filhas do rei. Crédito: Ivson/Divulgação

“O Bobo do Rei” (da Cia. Vagalum Tum Tum) usa a arte popular para construir drama cômico-lírico, adaptado da tragédia “Rei Lear”, de William Shakespeare (1554-1616), sobre as irmãs que herdam o reino de Lear quando o pai em vida divide as terras entre as filhas.

Nada melhor do que colocar duas pequenas tendas de circo compondo o cenário (de Marco Lima) logo no primeiro plano de observação do espectador. Isso porque o circo nasceu da commedia del’ arte, tanto como em picadeiros com números com cavalos, e os bobos da corte sãos palhaços.

Depois que o rei deserda a filha caçula, as tendas são os castelos das duas filhas de Lear que herdam o reino e abandonam o pai. Os atores Anderson Spada, que representa Regane, e Val Pires (Goneril) não têm medo de fazer papel de maus e são muito engraçados como as irmãs cruéis.

Para proteger o pai, a filha mais nova, Cordélia (Tereza Gontijo), fingindo-se de um bobo da corte sem trabalho, vaga com o bobo do rei seu pai (Davi Taiu) pelo mundo. Gontijo capricha na interpretação emocionada, que só não é clichê porque tudo vira motivo de piada nessa peça.

O figurino colorido e rústico evoca a arte de rua medieval. Tão medieval que lembra o artesanato popular do Nordeste. Entre outros objetos de cena, a carroça que serve para representar o exército de Lear, protagonista de “O Bobo do Rei” (2010), é feita de cabeças de mamulengos.

A peça tem texto e direção de Angelo Brandini.

Em cartaz até 1/4 no teatro Eva Herz na cidade de São Paulo – na Livraria Cultura do Conjunto Nacional – segue o link: www.livrariacultura.com.br/teatro/?l=pecas

Tereza Gontijo (Cordélia) e Davi Taiu (rei Lear)

 

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