Mônica Rodrigues da Costa
Comentários culturais para crianças e adultos lerem juntos
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História de Fernando Anhê
26/05/12 09:00História de Fernando Anhê
20/05/12 09:00História de Fernando Anhê
19/05/12 09:00Ziraldo pinta o Super-Homem de pantufa em exposição em Brasília
23/04/12 09:00Por Tassia Moretz-Sohn Fernandes
Bom humor e muitas cores são apresentados nas pinturas do cartunista Ziraldo na exposição “Zeróis: Ziraldo na Tela Grande”, em cartaz até 29/4 em Brasília.
Dos quadrinhos para os quadros, as telas transpõem os heróis que foram sucesso nas HQs na primeira metade do século passado e que, apesar de ainda invencíveis, ganham ar bastante humanizado.
Na tela “O Super-Asilo”, já com rugas e cabelos brancos, Super-Homem aparece sentado em uma cadeira de balanço, ligado a um aparelho para audição, coberto por uma manta xadrez e fofinha, calçando pantufas vermelhas.
Um móvel munido de apetrechos para os vovôs heróis está disposto na cena. Penico, dentadura e remédios revelam os novos aparatos dos personagens.
O Fantasma está sem dentes, mas parece bem à vontade sentado ao lado de seus amigos heroicos, com o cinto de fivela de caveira solto para facilitar o encaixe da sonda.
Centenário, o Tarzan parece muito bem apoiado à bengala, com óculos que o deixam com a aparência de um hippie.
Também com rugas, Batman e Capitão América compartilham o mesmo sorriso de satisfação esboçado pelo grupo de heróis que salvaram tantas vezes a humanidade dos planos malignos de vilões.
Outra tela exibe Batman e Robin dividindo a mesma poltrona, em uma atmosfera familiar, do tipo: “bons e velhos amigos”.
Mulher-Maravilha ganha releitura de Ziraldo a partir da obra de Andy Warhol (1928-1987), em seis telas multicoloridas.
Há outras releituras de quadros famosos.
“Las Meninas na África”, por exemplo, remete ao quadro “As Meninas” (1656), de Diego Velázquez (1599-1660), e traz os traços cubistas de Pablo Picasso (1881-1973). O cartunista ainda incluiu o personagem Fantasma, de Lee Falk (1911-1999).
Ziraldo se coloca no lugar de Velázquez e faz com que o público se sinta parte da pintura.
“A Volta do Filho Pródigo” é uma releitura de Ziraldo do quadro “Gótico Americano” (1930), de Grant Wood (1891-1942), em que Wood retrata um casal que vive no ambiente rural.
São os pais ideais do herói americano Super-Homem, que foi introduzido no quadro. Confira as duas versões abaixo.
A exposição está no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. Estão expostos 44 telas, desenhos e esboços criados por Ziraldo, que teve como assistente o pintor Paulo Vieira.
Link para a museu:
http://www.brasil.gov.br/brasilia/conteudo/historia/2006/centro-cultural-da-republica
Observação:
A jornalista Tassia Mortez-Sohn Fernandes é aluna de Crítica 3 – Teatro, disciplina que ministro no curso de pós-graduação de Jornalismo Cultural na FAAP (SP).