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Mônica Rodrigues da Costa

Comentários culturais para crianças e adultos lerem juntos

Perfil Comentários e dicas culturais, literatura, teatro, HQ, circo, cinema, artes plásticas, entre outras

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Tag Archives: criança

“Pedro e o Lobo” com música ao vivo, narração da atriz Giulia Gam e teatro de bonecos

Por Mônica Rodrigues da Costa
29/03/12 09:00

Giulia Gam e a orquestra Almeida Prado em "Pedro e o Lobo"/Fotos João Caldas/ Divulgação

Nunca é demais ouvir “Pedro e o Lobo”, de Sergei Prokofiev, composição dos anos de 1930 que cria a narrativa melódica e rítmica de uma aventura no tempo em que havia grandes florestas na Europa e lobos ameaçadores.

 A música ao vivo faz diferença nesta montagem regida pelo maestro Carlos Moreno e com narração precisa de Giulia Gam.

No enredo, o avô de Pedro se zanga com o neto porque ele sai para brincar na floresta e deixa o portão aberto.

Os bichos que fugiram pelo jardim adoraram a travessura de Pedro, mas não imaginavam que uma criatura feroz aparecesse.

A atriz Giulia Gam conta essa história com calma e o espectador percebe isso em seu semblante, em harmonia com a voz pausada, sem altos e baixos, sem a prosódia que têm em geral as frases que sugerem medo e assustam (interjeições por vezes forçam o falante a emitir sons em falsete ou elevar a altura da voz).

A narração da atriz acompanha a orquestra nesse ritmo controlado de fala.

Como a peça é didática, a primeira parte é a apresentação dos instrumentos que representam os personagens.

Depois que toda a narrativa é explicada, a plateia ouve a execução inteira de “Pedro e o Lobo” pela orquestra, curtinha.

O passarinho desenhado pela flauta saltita, o ritmo do oboé que imita o pato é lento e arrastado como seu andar.

Há momentos acelerados e vários instrumentos soam ao mesmo tempo, passagens emocionantes, representam a caçada ao lobo, por exemplo. Outros leves, mas tensos, como o caminhar furtivo dos caçadores.

O teatro ou encenação dos bonecos multiplica a conversa entre a imagem sonora e a narração.

A orquestra Almeida Prado, de “Pedro e o Lobo”, tem 23 músicos e foi montada para o espetáculo. Durante a apresentação, o maestro elogia o músico Almeida Prado.

A direção geral de “Pedro e o Lobo” é de Muriel Matalon.

Os bonecos são grandes e podem ser vistos de longe com facilidade, pois o Teatro Tuca, onde a peça está em cartaz, necessita desse recurso porque é grande também.

Link: http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos/espetaculo_pedro_e_o_lobo.html

Cena do espetáculo no teatro Tuca (SP)

 

Ficha técnica

Direção geral: Muriel Matalon. Assistência de direção: Marco Lima. Narração: Giulia Gam. Orquestra Almeida Prado sob regência do maestro Carlos Moreno. Criação dos bonecos: Marco Lima. Iluminação: Wagner Freire. Cenografia: Alfredo Barbosa. Adaptação de texto: Mariana Veríssimo. Confecção de bonecos: Marco Lima, Nonon Creaturas, Inês Sakai. Cenário: Alfredo Barbosa. Diretor de cena: Domingos Varela. Construção de cenários: Ono Zone Estúdio Ltda, Fernando Brettas e Diw Rosseti. Diretor de orquestra: Tarik Dib. Direção de montagem de aéreos: Cia de Estripulias Imagináveis.

 Orquestra Almeida Prado

Spalla: Constança Almeida Prado Moreno. Violinos: Adriana Maresca, Danilo Ferreira, Henrique Franquim, Simplício Soares, Tiago Paganini, Ugo Kageyama. Violas: Eduardo Cordeiro Jr., Sarah Nascimento. Cellos: Julio Cerezo Ortiz, Sueldo Francisco. Contrabaixo: Rubens De Donno. Flauta: Mônica Camargo. Clarinete: João Francisco Correia. Oboé: Gizele Sales. Fagote: Ronaldo Pacheco. Trompas: Mario Rocha, Thiago Rodrigues, Vagner Rebouças. Trompete: Leonardo Porcino. Trombone: Silas Falcão. Percussão: Glaucia Vidal, Marcelo Camargo.

"Pedro e o Lobo"

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“Pedro e o Lobo” lota teatro Anchieta e diverte plateia infantil

Por Mônica Rodrigues da Costa
27/03/12 09:00

Cena de "Pedro e o Lobo", da cia. Imago/Divulgação

A história clássica do menino Pedro, que brinca no quintal ao lado de uma floresta onde há lobos ameaçadores, nunca deixa de ser adaptada pelos mais diversos grupos de teatro e música do país.

A música de Sergei Prokofiev (1891-1953) já teve narração de Roberto Carlos, Rita Lee e David Bowie, entre outros.

Desde 2004 a peça “Pedro e o Lobo” é apresentada pela companhia paulista Imago, com teatro de animação de objetos sob luz negra e narração do maestro Jamil Maluf, da Orquestra Experimental de Repertório.

Fernando Anhê, diretor, bonequeiro, cenógrafo e figurinista do espetáculo, também assina os quadrinhos de “Pow!” deste blog.

Anhê disse que seria ideal que a peça fosse apresentada com música ao vivo, executada por uma orquestra, como ocorreu em 2009, quando foi encenada no teatro Bradesco, sob a regência de Jamil Maluf e narração de Fernando Paz.

No mesmo ano, esteve no teatro São Pedro, com orquestra regida por Alex Klein e narração do ator Chachá.

“A dificuldade financeira é o grande empecilho de apresentar a peça com música ao vivo”, explicou Fernando Anhê.

A música gravada não impede a diversão das crianças nem a decodificação dos instrumentos musicais que representam os personagens nessa fábula de final feliz do compositor russo.

Nela, um pássaro-flauta, uma pata-oboé, um gato-clarineta, um menino-violinos contracenam ao enfrentar um lobo-trompas, que Pedro acaba por capturar.

No cenário luminoso, colorido e bem cuidado, Pedro brinca na floresta com seus amigos até que o avô chega, muito bravo. O neto tinha esquecido o portão do quintal aberto, a pata fugiu, e o que aconteceu?

O danado do lobo a engoliu sem mastigar. Ainda bem que existem caçadores, que vêm consertar essa situação antes que ela se transforme em tragédia.

A peça está em cartaz no teatro Anchieta (Sesc Consolação): http://www.sescsp.org.br/sesc/

 Depois fará temporada no teatro Amil, em Campinas (SP): http://www.conteudoteatral.com.br/teatroamil/

  Link para a narração de David Bowie: http://www.youtube.com/watch?v=kpoizq-jjxs

Endereço da Imago: http://www.ciaimago.com.br

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Teatro multimídia brinca com o clássico “A Volta ao Mundo em 80 Dias”

Por Mônica Rodrigues da Costa
21/03/12 09:00

O palco parece um picadeiro e os sinais são as atividades de ciclismo da dupla de aventureiros e a iluminação que circula a boca de cena.

Em bicicletas deitadas no chão num cenário de sucata, sobretudo de ferro, o senhor Fog e seu ajudante francês partem para a viagem que dá título à peça: “A Volta ao Mundo em 80 Dias”.

No fundo do palco, a ação que ocorre no chão com os personagens é projetada ampliando o sentido da viagem.

A expedição encontra problemas devido à ação do intruso senhor Fix e os viajantes mudam de transporte com frequência durante o percurso. O corre-corre dos atores remontando as  geringonças que viram barco ou elefante dão encantamento às cenas.

Os objetos de sucata imprimem ar de coisa antiga, conforme o enredo, do século 19.

O diálogo dos atores é atrapalhado e faz rir. Em muitos momentos eles parecem palhaços. Na maioria do tempo, comediantes no palco. É difícil às vezes distinguir o gênero utilizado pelos atores tamanha a mistura de técnicas que exploram.

O texto de Júlio Verne (1828-1905) é citado aqui e ali, como na cena inicial, em que o ator Ricardo Rodrigues, no papel do geógrafo pesquisador, anuncia a façanha.

O ajudante Passepartout (Bruno Rudolf) capricha no sotaque. Como esse ator é mesmo francês, é divertido vê-lo imitar a própria caricatura de um francês da época retratada.

Bruno Rudolf representa a solicitude do subordinado de forma ingênua, infantil. Ele ganhou o prêmio APCA (SP) de 2011 pela atuação nessa peça.

A diretora, Carla Candiotto, ficou com o prêmio de melhor direção em teatro infantil, pelas peças “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, Histórias por Telefone” e “Sem Concerto”.

Em em cartaz no Teatro Alfa:

http://www.teatroalfa.com.br/?q=content/volta-ao-mundo-em-80-dias-0

Cena inicial em filme: http://www.youtube.com/watch?v=9hYgtN-AxOA

 

Cena com Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues/ Foto Mariana Chama/Divulgação

 

Ficha técnica

Adaptação livre do romance homônimo de Júlio Verne. Criação: Carla Candiotto e Cia. Solas de Vento. Direção: Carla Candiotto. Texto: Carla Candiotto e Pedro Guilherme. Elenco: Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Coreografia: Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Direção de arte e cenografia: Lu Bueno. Assistente de cenografia: Victor Hugo. Figurinos: Olintho Malaquias. Assistente de figurino: Camila Fogaça. Trilha sonora original: Exentrimusic. Iluminação: Wagner Freire. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Operação de vídeo: Bruno Bachy. Fotografia: Mariana Chama. Produção: Sandra Miyazawa. Assistente de produção: Natalia Maciel. Realização: Solas de Vento.

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Teatro de sombras anima contos de Andersen

Por Mônica Rodrigues da Costa
14/03/12 09:00

Cena do espetáculo "Andersen sem Palavras"/Divulgação

“Andersen sem Palavras”, do grupo Caleidoscópio, apresenta contos do autor dinamarquês de forma livre, inspirados em histórias como a do Soldadinho de Chumbo, a do Patinho Feio, a da menina vendedora de fósforos.

São cinco contos, que incluem também “Os Namorados” e “O Sapo”, todos animados por trilha sonora de André Abujamra.

Essa peça de teatro de sombras tem chance de crescer, mas ainda faltam ritmo e nexo na dramaturgia de alguns contos. O uso da cor merecia ser aproveitado para compor a trama. Às vezes, parece ser explorado de modo aleatório.

O casal de namorados, representados por duas metonímias -chapéu e sapato-, ficam sentados no banco da praça. É difícil entender o que se passa entre eles, a não ser que o espectador conheça a história.

Mas “Soldadinho de Chumbo” mostra de forma eficaz o enredo. Pais e filhos na plateia reconhecem a sequência das peripécias e se divertem.

No final, crianças observam objetos e personagens que são projetados em preto e branco e com sombras coloridas na tela, confeccionados em papel couro em detalhes, o que demonstra esmero.

Link para o espetáculo: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=215708

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Acrobacias aéreas para representar Prometeu no teatro

Por Mônica Rodrigues da Costa
07/03/12 09:00

Ricardo Rodrigues, no papel de Prometeu/Foto: Layza Vasconcelos/Divulgação

Para comemorar aniversário de 24 anos,  a cia. Circo Mínimo realiza mostra de repertório. Entre as peças, “Prometeu”, adaptação de texto do grego Ésquilo (525-455 a.C.) por Rodrigo Matheus, diretor artístico da companhia. O espetáculo estreou em 1993. A direção é de Cristiane Paoli Quito.

Lembro-me de ter visto Matheus no papel do protagonista em apresentação de “Prometeu” no Festival de São José do Rio Preto nos anos 90. Seus voos circenses eram de craque.

Segue o link para programação e peças do grupo: http://www.circominimo.com.br/

O espetáculo solo, desde 2009 interpretado por Ricardo Rodrigues, continua a se destacar pela tradução da dramatúrgia em ação -número aéreo do picadeiro. São 50 minutos no ar.

“Prometeu” adota economia de meios. A começar pelo cenário, feito de cordas e por duas imensas placas de ferro que simbolizam o trabalho dos homens com os metais a partir do uso do fogo que o herói da tragédia apresentou a eles. Assinam a cenografia Atílio Belline Vaz e Caterine Alonso.

O número aéreo representa o embate do personagem nos rochedos, onde Prometeu foi preso por castigo de Zeus. Ele sabia demais sobre a vida do deus do Olimpo, além de ter oferecido o fogo à humanidade.

Ricardo Rodrigues escala cordas ásperas, tentando se livrar delas, enquanto comenta o destino trágico e realiza as acrobacias.

A trilha sonora varia de acordo com a emoção do personagem, sempre alternada com as falas. É possível ouvir a respiração do ator.

O monólogo revela o ódio contra a injustiça divina e a mágoa pela condição em que Prometeu se encontra: acorrentado em nome da raça humana, ultrajado, logo ele, “o previdente, mestre das ciências e das artes, enquanto os homens estão perdidos dentro de si mesmos”.

Prometeu faz um discurso violento, como a ira selvagem das águas contra os rochedos durante as tempestades.

 Indicação do espetáculo: para crianças a partir de dez anos, acompanhadas de seus pais.

 

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