Mônica Rodrigues da Costacriança – Mônica Rodrigues da Costa http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br Comentários culturais para crianças e adultos lerem juntos Mon, 18 Nov 2013 13:23:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Música dá vida aos personagens Barbeiro de Sevilha, Cinderela, João e Maria. Amanhã tem concerto com circo e bonecos http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/27/musica-da-vida-aos-personagens-barbeiro-de-sevilha-cinderela-joao-e-maria-amanha-tem-concerto-com-circo-e-bonecos-2/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/27/musica-da-vida-aos-personagens-barbeiro-de-sevilha-cinderela-joao-e-maria-amanha-tem-concerto-com-circo-e-bonecos-2/#respond Fri, 27 Apr 2012 17:24:37 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=1047 Continue lendo →]]> Em 10/3, num sábado, a Sala São Paulo estava lotada para o espetáculo “Cenas de Ópera”. O diretor Mauro Wrona e o maestro João Maurício Galindo apareceram à frente do palco, explicaram os significados de ópera, opereta e sinfonieta.

Contaram com graça e simplicidade a história do barbeiro chamado Figaro, que morava em Sevilha. No início do século 19, os barbeiros puxavam a conversa de sempre com os clientes e, quando alguém precisava, até arrancavam dentes.

Figaro encontra um conde que lhe conta sua paixão por uma garota, e o barbeiro resolve ajudá-lo a se casar com ela.

Esse enredo passou então a ser o guia para a plateia entender a abertura da ópera “O Barbeiro de Sevilha” (1816), do italiano Gioacchino Rossini, que foi executada pela Sinfonieta Tucca Fortíssima (orquestra de câmara), sob a regência do maestro João Maurício Galindo.

“Cenas de Ópera” também incluiu as composições de Rossini e Humperdinck “Cinderela” e “João e Maria”.

Os dançarinos deram um colorido especial às cenas e divertiram adultos e crianças de três a 13 anos, que corriam pela plateia, acompanhadas dos pais e avós com a missão de ensinar-lhes a ouvir música. Durante o concerto, todo mundo ficou quietinho. 

 

Bichos do grupo Pia Fraus/Foto Zeca Caldeira/Divulgação

 

“O Carnaval do Seu Noé” é o concerto deste sábado

Amanhã (28/4), às 11h, será apresentado o concerto “O Carnaval do Seu Noé”, com participação do ator Raul Barretto, do grupo Parlapatões, e da cia. Pia Fraus.

A Sinfonieta Tucca Fortíssima tem regência do maestro Luís Fidelis.

O texto e a direção do espetáculo são de Paulo Rogério Lopes. 

“O Carnaval do Seu Noé” apresenta “O Carnaval dos Animais”, do francês Camille Saint-Saëns, “A Ocasião Faz o Ladrão”, de Rossini, e os movimentos “O Gato e o Lobo”, de Prokofiev, da obra “Pedro e o Lobo”, e “Amanhecer”, de Grieg.

Os pianistas convidados são Érika Ribeiro e Miroslav Georgiev.

A pesquisa musical é de Galindo.

Raul Barretto em cena/ Foto Luis Doroneto/Divulgação

Concertos da série Aprendiz de Maestro

Em 26/5 será a vez de “Copélia”, com a cia. Brasileira de Danças Clássicas. A sinfonieta será regida pelo maestro João Maurício Galindo.

O espetáculo tem direção de Mauro Wrona e assistência de Paulo Rogério Lopes.

Aprendiz de Maestro tem sete apresentações em 2012, que são mensais.

Os concertos são animados por atores, palhaços, dançarinos ou bonecos, que ajudam o público infantil a entender as músicas apresentadas.

Entre os convidados para as apresentações de 2012, estão Cassio Scapin, Domingos Montagner e Fernando Sampaio, da cia. La Mínima, Daniel Warren, Fábio Espósito, entre outros.

A regência da Sinfonieta Tucca Fortíssima é realizada pelos maestros João Maurício Galindo e Luís Fidelis.

Projeto Música para a Cura

A Tucca, Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, atende no hospital Santa Marcelina, na zona leste, com salas cheias de brinquedos.

Quando o visitei, há dois meses, adultos e crianças ali foram unânimes em dizer que recuperar a saúde traz uma alegria contagiante.

Meninas e meninos ficam curados e quem aproveita é o público todo, porque seu projeto Música pela Cura, desde 2002, reverte a renda bilheteria dos espetáculos para o financiamento de tratamentos e a manutenção do hospital, sob os cuidados dos médicos Sidnei Epelman e Cláudia Epelman.

O projeto já ajudou mais de 1.500 crianças e adolescentes.

Há vários patrocinadores: Pinheiro Neto Advogados, Valeo, Ypê, Comexport, Itaú, Credit Suisse, Novartis Oncologia, entre outros, por meio da Lei Rouanet.

Link para comprar ingressos:

ingressos@tucca.org.br

Link para a Tucca:

www.tucca.org.br

Link para a Sala São Paulo:

www.osesp.art.br/portal/paginadinamica.aspx?pagina=salasaopaulo

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Ziraldo pinta o Super-Homem de pantufa em exposição em Brasília http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/23/ziraldo-pinta-o-super-homem-de-pantufa-em-exposicao-em-brasilia/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/23/ziraldo-pinta-o-super-homem-de-pantufa-em-exposicao-em-brasilia/#respond Mon, 23 Apr 2012 12:00:25 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=880 Continue lendo →]]> Por Tassia Moretz-Sohn Fernandes

 

Bom humor e muitas cores são apresentados nas pinturas do cartunista Ziraldo na exposição “Zeróis: Ziraldo na Tela Grande”, em cartaz até 29/4 em Brasília.

Dos quadrinhos para os quadros, as telas transpõem os heróis que foram sucesso nas HQs na primeira metade do século passado e que, apesar de ainda invencíveis, ganham ar bastante humanizado.  

Na tela “O Super-Asilo”, já com rugas e cabelos brancos, Super-Homem aparece sentado em uma cadeira de balanço, ligado a um aparelho para audição, coberto por uma manta xadrez e fofinha, calçando pantufas vermelhas.

Um móvel munido de apetrechos para os vovôs heróis está disposto na cena. Penico, dentadura e remédios revelam os novos aparatos dos personagens.

O Fantasma está sem dentes, mas parece bem à vontade sentado ao lado de seus amigos heroicos, com o cinto de fivela de caveira solto para facilitar o encaixe da sonda.

Centenário, o Tarzan parece muito bem apoiado à bengala, com óculos que o deixam com a aparência de um hippie.

Também com rugas, Batman e Capitão América compartilham o mesmo sorriso de satisfação esboçado pelo grupo de heróis que salvaram tantas vezes a humanidade dos planos malignos de vilões.

 

“O Super-Asilo”/Reprodução

Outra tela exibe Batman e Robin dividindo a mesma poltrona, em uma atmosfera familiar, do tipo: “bons e velhos amigos”.

Mulher-Maravilha ganha releitura de Ziraldo a partir da obra de Andy Warhol (1928-1987), em seis telas multicoloridas.

Há outras releituras de quadros famosos.

 

“Las Meninas na África”/ Fotos Tassia Moretz-Sohn Fernandes

“Las Meninas na África”, por exemplo, remete ao quadro “As Meninas” (1656), de Diego Velázquez (1599-1660), e traz os traços cubistas de Pablo Picasso (1881-1973). O cartunista ainda incluiu o personagem Fantasma, de Lee Falk (1911-1999).

Ziraldo se coloca no lugar de Velázquez e faz com que o público se sinta parte da pintura.

“A Volta do Filho Pródigo” é uma releitura de Ziraldo do quadro “Gótico Americano” (1930), de Grant Wood (1891-1942), em que Wood retrata um casal que vive no ambiente rural.

São os pais ideais do herói americano Super-Homem, que foi introduzido no quadro. Confira as duas versões abaixo.

"Gótico Americano"

 

“A Volta do Filho Pródigo”

A exposição está no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República. Estão expostos 44 telas, desenhos e esboços criados por Ziraldo, que teve como assistente o pintor Paulo Vieira.

Link para a museu:

http://www.brasil.gov.br/brasilia/conteudo/historia/2006/centro-cultural-da-republica

 

Observação: 

A jornalista Tassia Mortez-Sohn Fernandes é aluna de Crítica 3 – Teatro, disciplina que ministro no curso de pós-graduação de Jornalismo Cultural na FAAP (SP).

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Lobisomem e laboratório de biogenética se combinam em romance de aventura http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/13/lobisomem-e-laboratorio-de-biogenetica-se-combinam-em-romance-de-aventura/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/13/lobisomem-e-laboratorio-de-biogenetica-se-combinam-em-romance-de-aventura/#comments Fri, 13 Apr 2012 14:32:31 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=801 Continue lendo →]]>

Ilustração de Kipper

“Armadilha para Lobisomem” não serve para ninar e assustar criancinhas quando o homem esquisito da lenda pula para a floresta virando lobo em noite de lua cheia. Esse livro, do Luiz Roberto Guedes, traz  trama complexa e pós-moderna.

Uma empresa transnacional, corrupta, tem um escritório numa cidade local, São Luís, no Maranhão, e cerca a fera brasílica para sequestrar seu código genético. A armadilha tem olhos verdes e se envereda por uma história de amor.

Tráfico de genes, plantas híbridas que rendem milhões de dólares, captura de lobisomem a qualquer preço. Um mundo fora da ética, repleto de gângsteres.

Tudo porque o livro conta a história das Organizações Platino, que criaram a Orchidea platina, nova espécie derivada de um gene de água-viva que os cientistas do chamado “Império Platino” “insertaram” numa orquídea.

A planta luminosa virou mania planetária. Deu ideia de outros seres – e mais lucro a essa empresa, ainda conhecida como o Laboratório BioPlatek.

Esse ninho de cobras criou seres que mereciam estar expostos num circo: Zebrelho (coelho combinado a zebra), Goldina (galinha que põe ovos dourados), Octo-Plux (minipolvo fluorescente).

Então será a vez de explorar o lobisomem. Acharam esqueleto de criatura esquisita na Chapada do Araripe, com ossos atravessados por bala de prata, o que é típico da lenda do homem que vira cachorro-do-mato.

Guedes compõe metáforas mirabolantes e peripécias de arrepiar os cabelos. Mistura poesia, arqueologia, genética, política, cultura pop.

Só o personagem do lobisomem rende um blog inteiro. O monstro foi descrito de forma inesquecível pelo escritor José Lins do Rego (1901-1957).

O lobisomem de Guedes vive em um romance de mistério e suspense, de leitura veloz. O melhor da história está nas pistas, nas entrelinhas. 

O paulistano Guedes domina o jogo de palavras, a paródia, a ironia e a arte de narrar. Escreve um enredo com a técnica da intertextualidade.

Remete o leitor para o cinema de Indiana Jones e de ação, para a MPB, para cenas da literatura, para o imaginário brasileiro.

Quem tem 11 anos vai usufruir de “Armadilha para Lobisomem” (184 páginas).

Guedes parodia o próprio gênero de literatura de aventura e suspense que usa para escrever. No meio da narrativa mitológica, insere o retrato da vida contemporânea.

A pior parte: cinismo, corrupção, corrida desenfreada pelo lucro.

A melhor: avanços científicos, conscientização sobre o ambiente e limites de crescimento, referências, literárias ou não, para o leitor decifrar.

Não precisa dizer que esse livro é um prato-cheio para professores de biologia e de português, redação, comunicação e expressão.

As ilustrações são de Henrique Kipper (fotos).

Da Cortez Editora. A atual edição está no padrão da nova ortografia, segundo Guedes (em vigor a partir de 2013).

Link:

http://www.cortezeditora.com.br/DetalheProduto.aspx?ProdutoId=%7B3FBD5BBC-D7B3-E011-955F-842B2B1656E4%7D

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“Índia! - Lado a Lado” no Sesc Belenzinho emociona adultos e diverte crianças http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/12/india-lado-a-lado-no-sesc-belenzinho-emociona-adultos-e-diverte-criancas/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/12/india-lado-a-lado-no-sesc-belenzinho-emociona-adultos-e-diverte-criancas/#comments Thu, 12 Apr 2012 13:47:57 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=788 Continue lendo →]]>

Instalação da exposição no Sesc Belenzinho (SP)

A exposição “Índia! – Lado a Lado”, no Sesc Belenzinho, é um pedaço da mostra do CCBB, no centro paulistano. As obras nela contrastam elementos típicos da cultura indiana com a simbologia do cotidiano contemporâneo.

 Exemplo: “Em Sua Ausência” (2010). Na instalação, o artista dispôs em velhas cadeiras vestimentas femininas. Elas sugerem o espaço interno de uma residência.

O artista Bharti Kher colocou roupas e tecidos da mulher que, presume-se, ali habitou e é o assunto indicado no título. Evoca sensações de saudade e perda amorosa.

Observando de perto, o espectador-leitor da instalação constata que os panos estão vitrificados (com resina), amalgamados (ou lado a lado) com a madeira e a palha das cadeiras.

O pesquisador Moacyr dos Anjos define com clareza esse tipo de arte, a arte híbrida. As misturas têm graus e por essa razão os conceitos mudam de nome. Há arte sincrética, crioula e outras.

Vou voltar ao que dos Anjos fala, fenômeno que fica evidente como um gênero ou estilo de poética, em todas as formas artísticas, a partir da segunda metade do século 20, no início dos anos 70.

“Índia” emociona adultos e diverte crianças de todas as idades, é tátil, sensória, sinestésica -provoca os cinco sentidos.

No sábado passado, várias crianças insistiam em ficar em uma sala de vídeo interativo, obra que inclui projeção de vídeo, captação de imagens do espaço expositivo -uma pequena sala onde o espectador entra, vê um filme e é filmado.

Nessa sala imagens (de baixa definição) de flor, fruta, uva e outras não tão fáceis de identificar se sucedem, misturadas às silhuetas das crianças em movimento.

As imagens são captadas na hora e se fundem ao filme que está sendo projetado e a gente observa os movimentos dos espectadores misturados ao filme projetado.

O título dessa segunda instalação, de Sheba Chhachhi, é provocativo: “Bhogi/Rogi (Doença de Consumo; 2010).

Obras contemporâneas interessantes de ler-curtir. É um pouco daquela beleza indiana, reconhecida internacionalmente como só pertencente à Índia, que chega para colorir São Paulo.

A exposição está em cartaz desde fevereiro até final de abril.

Link

http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=213517

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Jogo de papéis dá graça ao espetáculo de teatro de bonecos "Esses Olhos Tão Grandes" http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/09/jogo-de-papeis-da-graca-ao-espetaculo-de-teatro-de-bonecos-esses-olhos-tao-grandes/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/09/jogo-de-papeis-da-graca-ao-espetaculo-de-teatro-de-bonecos-esses-olhos-tao-grandes/#respond Mon, 09 Apr 2012 12:00:04 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=736 Continue lendo →]]>  

Boneca que interpreta Chapeuzinho Vermelho

A montagem “Esses Olhos Tão Grandes” é divertida. Seu forte é a mistura, como se observa em muitas peças hoje.

Os dois atores em cena vestem os bonecos, o que dá a sensação que os bonecos são quase vivos, expressam emoções e se movimentam como a gente.

Uma menina esperta está no sótão de um teatro e quer inventar uma história só dela. Sai então do baú uma estranha criatura. Ela é perigosa: parece um mestre de cerimônias, mas faz papel de vilão – o Lobo Mau.

Isso mesmo, com toda a astúcia e crueldade do lobo. Engoliu a vovó inteira, um horror.

Tudo porque a menina sem história escolheu o conto da personagem Chapeuzinho Vermelho para interpretar.

Marcia Fernandes atua bem e manipula com graça. Representa Chapeuzinho e a Vovó nessa história cuja construção ocorre à vista do espectador.

A boneca que a atriz anima faz um teste antes de interpretar a garota, e a plateia morre de rir quando ela faz encenações de medo ou alegria.

É comum no teatro de bonecos que as vozes dos personagens sejam caricatas. Um pouco mais de contenção na expressão vocal de Marcia tornaria ainda melhor sua atuação.

Cleber Laguna está à vontade como Lobo Mau e manipula também a personagem da Vovó.

Levemente cômicos, os personagens entram e saem de seus papéis e combinam o que vão fazer nas cenas seguintes. Bonecos manipulam bonecos. Esse jogo entre a ilusão e a construção enriquece os pontos de vista narrativos.

O enredo é elíptico e isso é outro aspecto forte do espetáculo, porque as peripécias são conhecidas pelas crianças e elas reagem bem aos trechos subentendidos do enredo.

O cenário é simples, quatro baús que guardam os bonecos, objetos de cena e servem de mesa para a representação. Há uma cortina de tecido rústico no centro do palco, que funciona como tela para teatro de sombras em algumas passagens.

Da Cia. Mevitevendo, “Esses Olhos Tão Grandes” tem texto, direção, criação de cenários e bonecos de Laguna e criação de figurinos e trilha sonora de Fernandes.

A peça encerrou temporada ontem no Sesc Belenzinho, mas deve voltar em breve a cartaz, Marcia Fernandes disse que o grupo procura espaço.

Há o vídeo sobre a companhia: http://www.youtube.com/watch?v=XZOImCWB81M

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Site “Garatujas Fantásticas” cria universo narrativo completo e complexo http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/06/site-garatujas-fantasticas-cria-universo-narrativo-completo-e-complexo/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/06/site-garatujas-fantasticas-cria-universo-narrativo-completo-e-complexo/#respond Fri, 06 Apr 2012 12:00:49 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=721 Continue lendo →]]>

Desenhos do site "Garatujas Fantásticas"

O ciberespaço prepara-se cada vez mais para criar as grandes narrativas envolventes e hoje existem mundos ou comunidades para cada tipo de público que consome mídias por internet.

Nesse caso é impossível não existir a metalinguagem natural sobre esse entrelaçamento transmidiático, que atravessa mídias, com um sistema de “hiperlincagem” tendo por base um enredo, ou seja, sites que remetem a outros sites a ponto de ser possível navegar nessas interfaces por horas a fio e continuar nas mesmas peripécias de uma aventura.

O site “Garatujas Fantásticas” (http://garatujasfantasticas.com/) foi concebido dessa forma por um grupo jovem de jornalistas e ilustradores, entre outros profissionais.

Ele tem sete seções que são uma espécie de blogs reunidos, cada uma criada por um personagem-autor em um mundo fictício em que essas “personas” postam comentários sobre desenhos, livros e diversos gêneros de arte.

Como há poucos posts, denota um site em construção. O “Garatujas Fantásticas” apresenta-se de forma poética e explica que nasce do desenho:

“Rabisco vai, vem, cabeça que pensa na hora do traço? Pensa pouco, risca muito, porque o rabisco é liberdade do braço, da mão, do traço do coração”.

Link para o espaço do personagem Garatujo

A seção “Eu, Garatujo” (http://garatujasfantasticas.com/oi-tudo-bem/) traz comentários e animações.

Confira a história “O Menino e o Mar”, sobre um menino de seis anos que é um peixe, ou um peixe em forma de menino, produzida por Roberto Almeida e desenhada pela Tartaruga Feliz, como se chama Débora, autora e ilustradora do site “Tartaruga Feliz e Seus Amigos” e do “Card Stories” (http://portfolio.tartarugafeliz.com/).

O post “Vem Dançar com a Tia” traz uma divertida animação: (http://garatujasfantasticas.com/vem-dancar-com-a-tia/).

A seção “Eu Acho Assim” são posts da Tartaruga.

Na seção “Eu Conto Assim”, produzida pela jornalista Thais Caramico, há resenhas de livros, curtas, para as crianças lerem, como a do livro “The Wall”, de Peter Sís, a ser lançado em outubro pela Cia. das Letras.

O site é repleto de subseções, entre elas, de coisas para ver, costurar e aprender, com comentários sobre a vida escolar.

Há ainda a seção de dicas, inclusive com mais comentários sobre livros, e a de tiras de histórias em quadrinhos.

As ilustrações são lindas e a navegação, bem flexível.

Quero voltar lá para pesquisar todas as novidades e detalhes sobre esse time de criação para contar aqui.

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Musical conta a história "Um Violinista no Telhado" com graça e melancolia http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/05/musical-conta-a-historia-um-violinista-no-telhado-com-graca-e-melancolia/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/05/musical-conta-a-historia-um-violinista-no-telhado-com-graca-e-melancolia/#respond Thu, 05 Apr 2012 12:00:04 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=690 Continue lendo →]]>

José Mayer e Soraya Ravenle, como Tevye e Golda /Foto Robert Schwenck/Divulgação

No excelente DVD “O Povo Brasileiro” (2005), com Darcy Ribeiro e baseado em seu livro com título homônimo ao do documentário, o antropólogo fala das origens de Portugal, país miscigenado que trouxe a mistura e segredos de muitas etnias para o Brasil colonizado.

O filme tem direção de Isa Grinspum Ferraz. É recomendado para quem idade a partir de 14 anos, mas pode muito bem ser visto por crianças de 11 e 12 anos, acompanhadas dos pais.

Há cenas de nudez e passagens que retratam a violência da dominação pelo colonizador.

Ribeiro trata a “identidade” no contexto histórico e exemplifica com a cultura judaica a sensação de pertencimento e de associação íntima que qualquer um sente quando está diante de uma pessoa do mesmo grupo cultural ou étnico.

Sem querer aqui retratar o debate, menciono-o porque certos produtos culturais carregam em si essa vivência, seja de forma involuntária ou não, e fazem o público questionar suas origens ou rememorá-las.

O musical “Um Violinista no Telhado” rememora um fragmento dessa discussão milenar, de modo leve e um pouco triste.

Ao assistir ao espetáculo, vi nas cenas das festas com acordeão e cantorias um pouco do Rio Grande Sul materno. Outras cenas, porém, distanciam-se dessas características herdadas e concentram o enredo nos assuntos da etnia judaica, como tradições religiosas, regras de casamento, convívio social.

No início o canto do elenco anuncia que a história a seguir será mesmo esta: a perseguição e fuga dos judeus, e reforça a importância da tradição.

O musical refere-se de modo direto ao preconceito praticado pelo regime czarista russo e às perseguições conhecidas como “pogroms”, segundo o historiador Michel Gherman, em texto no programa da superprodução.

A peça tem por base o livro de Sholem Aleichem, pseudônimo de Salomon N. Rabinovich (1859-1916), nascido na região ucraniana da Zona de Residência Judaica, e conta a história de uma família de mãe, pai e cinco filhas em idade de casar no século 19.

A trama é cheia de peripécias e belíssimas passagens de canto e dança, que se alternam com o drama dialogado.

Um das filhas se casa com um não-judeu e o pai vive a tensa ambiguidade entre manter a tradição endogâmica e negar a filha ou amá-la como sempre fez.

Julia Fajardo e Mayer/Foto Guido Melgar/Divulgação

A montagem constrói-se de pequenas tramas como essa, que mostram os problemas vividos pelos judeus de uma pequena aldeia às vésperas da Primeira Guerra Mundial.

José Mayer e Soraya Ravenle, como Tevye e Golda, protagonizam o cotidiano familiar com atuação impecável. Ele, leiteiro, ela, dona de casa.

Tudo nesse musical é medido e pensado, desde os objetos de cena até os cenários grandiosos, o figurino de época, a música em especial, com orquestra regida por Márcio Telles e direção musical de Marcelo Castro.

A crítica

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/31861-magnetismo-de-jose-mayer-conduz-novo-espetaculo.shtml

do articulista Alcino Leite Neto destaca com propriedade a interpretação dos atores e o estilo de José Mayer.

Chama a atenção o vaivém entre o canto e a fala de Mayer, que usa os pulmões e as cordas vocais como ferramentas para revelar a emoção ambivalente que percorre o espetáculo.

“Um Violinista no Telhado” é dirigido por Charles Möeller e tem a versão brasileira assinada por Claudio Botelho. O libreto é de Joseph Stein.

Fica até julho na capital paulista, no teatro Alfa, e vale um programa com os pré-adolescentes.

Link para serviços: http://www.teatroalfa.com.br/?q=node/226

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No museu Catavento, instalações lúdicas mostram Universo, os seres vivos e há máquinas para fazer experiências http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/03/no-museu-catavento-instalacoes-ludicas-mostram-universo-os-seres-vivos-e-ha-maquinas-para-fazer-experiencias/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/03/no-museu-catavento-instalacoes-ludicas-mostram-universo-os-seres-vivos-e-ha-maquinas-para-fazer-experiencias/#comments Tue, 03 Apr 2012 12:00:26 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=662 Continue lendo →]]>

Maquete do Sol na seção Universo do Catavento/Foto Roberto Silva/ Divulgação

O Catavento Cultural e Educacional é desses espaços interativos que deviam constar para visita na agenda das crianças a partir de sete anos, com regularidade.

A primeira sala, Universo, é a mais difícil, mas tão fascinante como as outras seções – Vida, Engenho e Sociedade.

Na antessala, há fotografias reais da paisagem lunar e, no chão, a pegada do astronauta Neil Armstrong, que pisou na Lua em 1969.

Na sala maior da seção Universo, o chão, as paredes e o teto estão repletos de informações nas diversas instalações. A gente conhece como surgiram o espaço sideral e a Terra.

Há pufes para sentar e olhar a instalação montada no teto, uma maquete do Sol, linha do tempo dos astros celestes, painel sobre telescópios e muito mais.

Observe as constelações no teto. Elas representam (são uma réplica) o céu de São Paulo em uma noite de inverno em dia 31/7, às 20h.

De acordo com a assessoria de impresa do espaço, os desenhos das constelações na instalação são baseados nas imagens geradas por um software de astronomia, chamado CyberSky.

Para conhecer outras cartas celestes, um monitor mostra em um computador as constelações vistas de vários pontos da Terra. Consegui ver a carta celeste dos índios tupis brasileiros.

Em uma engenhoca, é possível escolher para onde se quer ir e fazer uma viagem espacial simulada, por computador.

Na seção Engenho, os brinquedos ensinam. Há uma máquina de arrepiar os cabelos e outra em que você entra numa bolha de sabão.

Sala da seção Vida no museu interativo Catavento (SP)/Foto Bruno Mattos/Divulgação

Na seção Vida há aquários que mostram os animais marinhos.

Catavento promove atividades como contação de histórias, teatro e concertos de música clássica e popular.

No museu de ciência e tecnologia, do governo estadual paulista, você descobre que o parafuso é invenção do filósofo e pesquisador grego Arquimedes (287-212 a.C.).

Em março de 2012, o Catavento fez aniversário de três anos.

 Links para Catavento:

http://www.cataventocultural.org.br/home.asp

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Espetáculo francês mistura performance, circo e poesia no Sesc Interlagos http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/02/espetaculo-frances-mistura-performance-circo-e-poesia-no-sesc-interlagos/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/04/02/espetaculo-frances-mistura-performance-circo-e-poesia-no-sesc-interlagos/#comments Mon, 02 Apr 2012 12:00:17 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=618 Continue lendo →]]>

Cena da performance de Johann Le Guillerm/Fotos Philippe Cibille/Divulgação

Se você gosta de circo vale conferir o espetáculo ‘‘Secret’’. É uma performance de Johann Le Guillerm, do Cirque ici (letras minúsculas), nos dias 11/4, 12/4, 14/4 e 15/4, na arena do Sesc Interlagos.

O horário varia: quarta, quinta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h30.

A performance é um gênero de arte híbrido que mistura linguagens, mas deixa entrever peculiaridades de cada uma delas no espetáculo.

Segundo o texto de divulgação do Sesc Interlagos, Le Guillerm é um inventor que pesquisa o circo, a ciência e a poesia. O artista criou a companhia francesa Cirque ici e o espetáculo ‘‘Secret’’ trata da relação da entre a  ‘‘matéria e o sonho’’.

Nas fotos e no vídeo, é possível observar como o artista manipula objetos dentro da lona e fica explícita a analogia com números circenses aéreos e de equilíbrio.

A performance ‘‘Secret’’ tem vários números e mostra ‘‘um circo em tensão entre a potência e a fragilidade’’.

A companhia francesa tem apoio do Festival d’Avignon, do Ministério da Cultura da França e de inúmeras entidades internacionais (leia algumas delas abaixo).

O site “Europapress.es” escreveu sobre “Secret”: “El francés Le Guillerm -equilibrista, manipulador y fabricante de objetos, galardonado con el Gran Premio Nacional del Circo en 1996- añadió que ‘Secret’ ‘trabaja con las prácticas minoritarias del circo y con las habilidades que están fuera de la naturaleza del hombre’, de modo que su objetivo es generar un ‘caos mental’ en el espectador a través de la ‘búsqueda del punto’ en sus movimientos”.

 Link:

http://www.europapress.es/galicia/noticia-cirque-ici-sera-protagonista-programa-cultural-santiago-enero-sera-especialmente-rico-musica-20091229151144.html

 O jornal ‘‘The Sydney Morning Herald’’ tece elogios a ‘‘Secret’’.

http://www.smh.com.au/news/arts-reviews/secret–cirque-ici/2008/01/16/1200419848940.html

 

Cena da performance de Johann Le Guillerm

 

Link do espetáculo “Partenariat” no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=t_5o4mn6boI

 Ficha técnica

Concepção, direção do picadeiro e interpretação: Johann Le Guillerm. Interpretação musical: Guy Ajaguin. Iluminação: Manuel Majastre. Contrarregra de picadeiro: Franck Bonnot , Chloé Gazave e Zoé Jimenez. Concepção da luz: Hervé Gary. Construção do maquinário da luz: Silvain Ohl e Maryse Jaffrain. Criação musical: Guy Ajaguin e Yann Norry. Criação do figurino: Corinne Baudelot. “Execução” do figurino: Anaïs Abel. Execução dos calçados: Antoine Bolé. Estudos de viabilidade das esculturas de circo: Sylvain Beguin. Execução das esculturas do Cirque ici: Silvain Ohl, Maryse Jaffrain, Lucas de Staël, Jean Christophe Dumont, Jean-Marc Delanoye, Georges Matichard. Produção: Cirque ici – Johann le Guillerm. Produtores associados: Parc de La Villette; Le Channel – Scène Nationale de Calais ; Agora – Scène Conventionnée de Boulazac; Le  Carré Magique – Scène Conventionnée de Lannion. Cirque-Théâtre d’Elbeuf – Pôle National des Arts du Cirque de Haute-Normandie. Produção no Brasil: Cena Cult Produções.

 Link do Sesc para serviços:

http://www.sescsp.org.br/sesc/busca/index.cfm?unidadesdirector=52

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Piadas de palhaços ironizam textos bíblicos em “Mistero Buffo”, sem negar a existência de Deus http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/03/30/piadas-de-palhacos-ironizam-textos-biblicos-em-mistero-buffo-sem-negar-a-existencia-de-deus/ http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/2012/03/30/piadas-de-palhacos-ironizam-textos-biblicos-em-mistero-buffo-sem-negar-a-existencia-de-deus/#respond Fri, 30 Mar 2012 12:00:02 +0000 http://monicarodriguesdacosta.blogfolha.uol.com.br/?p=565 Continue lendo →]]>

Domingos Montagner e Fernando Sampaio

Adultos e crianças mais velhas, de 11 e 12 anos, morrem de rir durante o espetáculo “Mistero Buffo”, da companhia de palhaços La Mínima, integrantes também do Circo Zanni, que, em geral, arma a lona uma vez por ano no Memorial da América Latina, na capital de São Paulo.

A peça usa gírias e palavrões para traduzir o texto corrosivo do dramaturgo Dario Fo, no qual é baseada, e faz piadas dos mistérios cristãos medievais, apresentados na forma satírica por trupes mambembes e comentados por jograis e bobos da corte nas praças e castelos.

Mas não há desrespeito à fé de ninguém, o tratamento é leve, no estilo das comédias do circo teatro, gênero famoso no Brasil até a década de 1960.

Para representar a história, há o músico e ator Fernando Paz e a dupla de palhaços do La Mínima. Formada por Fernando Sampaio e Domingos Montagner, o mérito do grupo é a excelência do trabalho de ator.

Os dois têm estilos diferentes. Ambos dominam a arte de transformar o que seria a crítica aos problemas sociais em piadas de palhaços.

No prólogo, Montagner explica que os mistérios religiosos tratados em cena não têm intenção de desrespeitar ou combater os dogmas abordados, mas de enfocá-los através de piadas leves, como as dos jograis históricos e as dos números de cortina, ou seja, na forma que os palhaços realizam no circo nos intervalos entre atrações de equilibrismo ou trapézio.

Fernando Sampaio provoca humor como ninguém quando executa um sistema bem particular de ações, com gestos e expressões faciais que preenchem o palco. Seus personagens ganham traços emotivos e suas falas explicam minuciosamente a situação vivida na maioria das cenas da peça, como se fosse uma tradução da ação.

Domingos Montagner usa mais a construção racional de seus papéis, desde as explicações introdutórias sobre a dramaturgia -momentos em que fala da simbologia de “Mistero Buffo”, como a atitude dos jograis que exploravam o gênero- até quando improvisa com pessoas do público convidadas a participar de cenas.

Domingos Montagner e Fernando Sampaio

Domingos e Fernando têm agilidade física e as palhaçadas envolvem saltos, cambalhotas, quedas e encontrões bem divertidos.

Outro dos vários pontos altos do espetáculo é a encenação bufa -de palhaço-, ou profana, do milagre de Cristo de fazer um cego voltar a enxergar e um paralítico recuperar os movimentos.

Os dois personagens portadores de deficiência se aliam para superar as limitações de visão e de movimento e se preocupam quando ouvem falar de um tal Jesus,  que lhes daria a cura.

Como continuar então a pedir esmolas pelo mundo? Para que retornar ao trabalho se esmolar os situa na zona de conforto?

“Não quero ser ajudado, não podemos sofrer a desgraça de sermos curados”, diz Sampaio no papel do paralítico.

Na ponta oposta, Montagner é irônico ao representar o cego e toma distância crítica até do próprio personagem: “Vai trabalhar, vagabundo… vamos pra Brasília…”, diz, e debocha da corrupção e do trânsito.

O livreto do atual espetáculo informa que se trata da moralidade “O Cego e o Estropiado”, do século 14, registrada pelo jogral Jean Lavy.

A inversão dos desejos deles em relação ao relato do texto sagrado é a mola da comicidade, o trocadilho-chave, mas as referências ao presente histórico também são catárticas.

Os personagens negam o milagre, embora clamem por São Cristóvão. Essa é a lógica de “Mistero Buffo”, peça adaptada do drama político de título homônimo, do italiano Dario Fo, de 1969, que sofreu alterações em seus monólogos devido aos improvisos nas apresentações realizadas.

Após cada cena, Domingos Montagner faz pausas no espetáculo e explica o próximo episódio. Os atores usam a linguagem do teatro para tomar distância da encenação, comentando-a, em bom recurso de direção.

A peça apresenta quatro mistérios: “A Ressurreição de Lázaro”, “O Cego e o Paralítico”, “O Louco e a Morte” e “O Louco aos Pés da Cruz”.

Ao lado do engraçadíssimo músico Fernando Paz, que realiza ao vivo a trilha sonora, os palhaços do La Mínima se trombam, tropeçam em trapalhadas e atrapalhações e ainda fazem cenas com mímica.

Domingos Montagner, Fernando Sampaio e Fernando Paz

O espetáculo tem direção de Neyde Veneziano, que soube ajustar a linguagem do circo ao modo de atuação híbrido, típico dos artistas contemporâneos.

Veneziano dirigiu “Arlecchino” (1988), também de Dario Fo, entre outras peças desse ganhador do Prêmio Nobel de Literatura (de 1997), e tem um livro sobre o dramaturgo, “A Cena de Dario Fo: O Exercício da Imaginação” (Nobel).

Em cartaz no teatro do Sesi: http://www.sesisp.org.br/cultura/teatro/mistero-buffo.html

 Ficha técnica

Direção: Neyde Veneziano. Elenco: Domingos Montagner, Fernando Sampaio e Fernando Paz. Tradução: Neyde Veneziano e André Carrico. Direção mímica: Álvaro Assad. Direção musical: Marcelo Pellegrini. Cenografia: Domingos Montagner. Figurino: Inês Sacay. Adereços: Maria Cecília Meyer. Iluminação: Wagner Freire. Produção visual: Sato. Assistência de direção: Ioneis Lima. Administração: Luciana Lima. Concepção: La Mínima. Produção executiva: Fabiana Esposito.

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