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Mônica Rodrigues da Costa

Comentários culturais para crianças e adultos lerem juntos

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Tag Archives: APCA

Teatro multimídia brinca com o clássico “A Volta ao Mundo em 80 Dias”

Por Mônica Rodrigues da Costa
21/03/12 09:00

O palco parece um picadeiro e os sinais são as atividades de ciclismo da dupla de aventureiros e a iluminação que circula a boca de cena.

Em bicicletas deitadas no chão num cenário de sucata, sobretudo de ferro, o senhor Fog e seu ajudante francês partem para a viagem que dá título à peça: “A Volta ao Mundo em 80 Dias”.

No fundo do palco, a ação que ocorre no chão com os personagens é projetada ampliando o sentido da viagem.

A expedição encontra problemas devido à ação do intruso senhor Fix e os viajantes mudam de transporte com frequência durante o percurso. O corre-corre dos atores remontando as  geringonças que viram barco ou elefante dão encantamento às cenas.

Os objetos de sucata imprimem ar de coisa antiga, conforme o enredo, do século 19.

O diálogo dos atores é atrapalhado e faz rir. Em muitos momentos eles parecem palhaços. Na maioria do tempo, comediantes no palco. É difícil às vezes distinguir o gênero utilizado pelos atores tamanha a mistura de técnicas que exploram.

O texto de Júlio Verne (1828-1905) é citado aqui e ali, como na cena inicial, em que o ator Ricardo Rodrigues, no papel do geógrafo pesquisador, anuncia a façanha.

O ajudante Passepartout (Bruno Rudolf) capricha no sotaque. Como esse ator é mesmo francês, é divertido vê-lo imitar a própria caricatura de um francês da época retratada.

Bruno Rudolf representa a solicitude do subordinado de forma ingênua, infantil. Ele ganhou o prêmio APCA (SP) de 2011 pela atuação nessa peça.

A diretora, Carla Candiotto, ficou com o prêmio de melhor direção em teatro infantil, pelas peças “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, Histórias por Telefone” e “Sem Concerto”.

Em em cartaz no Teatro Alfa:

http://www.teatroalfa.com.br/?q=content/volta-ao-mundo-em-80-dias-0

Cena inicial em filme: http://www.youtube.com/watch?v=9hYgtN-AxOA

 

Cena com Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues/ Foto Mariana Chama/Divulgação

 

Ficha técnica

Adaptação livre do romance homônimo de Júlio Verne. Criação: Carla Candiotto e Cia. Solas de Vento. Direção: Carla Candiotto. Texto: Carla Candiotto e Pedro Guilherme. Elenco: Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Coreografia: Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Direção de arte e cenografia: Lu Bueno. Assistente de cenografia: Victor Hugo. Figurinos: Olintho Malaquias. Assistente de figurino: Camila Fogaça. Trilha sonora original: Exentrimusic. Iluminação: Wagner Freire. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Operação de vídeo: Bruno Bachy. Fotografia: Mariana Chama. Produção: Sandra Miyazawa. Assistente de produção: Natalia Maciel. Realização: Solas de Vento.

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Livro brinca com realismo fantástico em travessuras de animais

Por Mônica Rodrigues da Costa
16/03/12 09:00

Ilustração de Anna Laura Cantone, em livro da Ed. WMF Martins Fontes/Divulgação

“Animais sem Zoológico”, de Gianni Rodari (1920-1980), diverte uma manhã de domingo. O livro traz narrativas curtas em forma de fábulas com situações inesperadas, que surpreendem quem lê. O absurdo é o ambiente para a lição de moral.

“Os Elefantes Equilibristas” começa com um estranhamento: “No ano passado, um circo chegou à minha cidade…”. O leitor fica a se perguntar que belo dia do ano terá sido esse, em que elefantes amestrados acabam com a vaidade de um gato equilibrista e vaidoso.

Outros animais sem zoológico são os ratos e as tartarugas. No conto dessas últimas personagens, elas expressam o eterno desejo de participar de uma corrida.

A graça da história é a mistura que o autor italiano realiza. As tartarugas vivem na cidade como as pessoas, compram bicicletas e até mandam pintar as carapaças.

Até parecem crianças, escreve Gianni Rodari a certa altura da história das corredoras: “Pareciam aquelas crianças que dizem ‘Vou fazer isto, vou fazer aquilo’ e acabam não fazendo nada!”. Adivinhe por quê.

O absurdo é tratado com naturalidade, e isso é o motor do riso. Você não para de ler. Os personagens se enrolam em intrigas e enrascadas.

Ilustração de Anna Laura Cantone para livro de Gianni Rodari/Divulgação

Nos contos desse livro, Rodari é provocador no estilo, troca significados corriqueiros, faz o leitor observar os acontecimentos de ângulo diverso do habitual.

Tradução de Monica Stahel. Da editora WMF Martins Fontes (2008): http://www.wmfmartinsfontes.com.br/detalhes.asp?ID=552794

 

Mais livros do autor

O escritor e também jornalista Gianni Rodari foi ganhador do prêmio internacional Hans Christian Andersen em 1970. Ainda pela editora WMF Martins Fontes, há os livros do autor “Era Duas Vezes o Barão Lamberto” (2001), “Um e Sete” (2004) e “Fábulas por Telefone” (2006).  

Outras traduções se encontram nas livrarias. No site da Cultura, aparecem o ebook “Lamberto, Lamberto, Lamberto” (Random House, 2011); “Quem Sou Eu?” (Salamandra, 2005); “Histórias para Brincar” (Editora 34, 2007); “O Homem da Chuva” (Biruta, 2009).

 Link: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=11020598&sid=1811591101431646999519474

A peça de teatro “Histórias por Telefone” (Cia. Delas), que ganhou o prêmio APCA (SP) como melhor espetáculo para crianças em 2011, é uma excelente adaptação de texto desse autor para o palco, mas essa é outra história.

Por enquanto, siga o link da companhia Le Plat Du Jour, da diretora do espetáculo, Carla Candiotto, e da atriz Alexandra Golik: http://www.leplatdujour.com.br/porquinhos.htm

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