Acrobacias aéreas para representar Prometeu no teatro
07/03/12 09:00Para comemorar aniversário de 24 anos, a cia. Circo Mínimo realiza mostra de repertório. Entre as peças, “Prometeu”, adaptação de texto do grego Ésquilo (525-455 a.C.) por Rodrigo Matheus, diretor artístico da companhia. O espetáculo estreou em 1993. A direção é de Cristiane Paoli Quito.
Lembro-me de ter visto Matheus no papel do protagonista em apresentação de “Prometeu” no Festival de São José do Rio Preto nos anos 90. Seus voos circenses eram de craque.
Segue o link para programação e peças do grupo: http://www.circominimo.com.br/
O espetáculo solo, desde 2009 interpretado por Ricardo Rodrigues, continua a se destacar pela tradução da dramatúrgia em ação -número aéreo do picadeiro. São 50 minutos no ar.
“Prometeu” adota economia de meios. A começar pelo cenário, feito de cordas e por duas imensas placas de ferro que simbolizam o trabalho dos homens com os metais a partir do uso do fogo que o herói da tragédia apresentou a eles. Assinam a cenografia Atílio Belline Vaz e Caterine Alonso.
O número aéreo representa o embate do personagem nos rochedos, onde Prometeu foi preso por castigo de Zeus. Ele sabia demais sobre a vida do deus do Olimpo, além de ter oferecido o fogo à humanidade.
Ricardo Rodrigues escala cordas ásperas, tentando se livrar delas, enquanto comenta o destino trágico e realiza as acrobacias.
A trilha sonora varia de acordo com a emoção do personagem, sempre alternada com as falas. É possível ouvir a respiração do ator.
O monólogo revela o ódio contra a injustiça divina e a mágoa pela condição em que Prometeu se encontra: acorrentado em nome da raça humana, ultrajado, logo ele, “o previdente, mestre das ciências e das artes, enquanto os homens estão perdidos dentro de si mesmos”.
Prometeu faz um discurso violento, como a ira selvagem das águas contra os rochedos durante as tempestades.
Indicação do espetáculo: para crianças a partir de dez anos, acompanhadas de seus pais.
Mônica, o site do grupo informa que Prometeu ficou em cartaz até 04/03. Quais outras peças do grupo você recomenda?
Oi, Luciana,
recomendo “João e o Pé de Feijão”, mas tem de olhar no site deles ou no Guia da Folha se está em cartaz. Nela, há um efeito maravilhoso: a divisão entre o espaço cênico aéreo e o terrestre. Admiro o aproveitamento da estética circense dos números aéreos também para compor a narrativa
Oi, Luciana,
recomendo “João e o Pé de Feijão”, mas tem de olhar no site deles ou no Guia da Folha se está em cartaz. Nela, há um efeito maravilhoso: a divisão entre o espaço cênico aéreo e o terrestre. Admiro o aproveitamento da estética circense dos números aéreos também para compor a narrativa
Olá Luciana,
João e o Pé de Feijão entra em cartaz no sábado agora, dia 24 de março.
beijos,
Douglas
grata pela data, Douglas, basta entrar no link, não?